terça-feira, 15 de maio de 2007

A que ponto nós chegamos!!!

Clodovil manda deputada para a emergência com ofensas

O deputado Clodovil Hernandez (PTC/SP) mandou a deputada Cida Diogo (PT/RJ) para o serviço de emergência médica da Câmara dos Deputados, em estado de choque depois de mais uma discussão entre eles. A deputada é autora de uma representação contra Clodovil no Conselho de Ética, por este ter se referido de forma ofensiva às mulheres, às quais acusou de "trabalharem deitadas e descansarem em pé".

Ambos se encontraram e, segundo relato de pessoas próximas, Clodovil provocou a deputada acusando-a de querer cassar o seu mandato. E provocou perguntando quantos votos ela tinha tido no Rio de Janeiro. Ela respondeu 70 mil votos, aos quais Clodovil contrapôs os seus 500 mil votos conquistados em São Paulo.

A partir daí, houve uma altercação e a deputada dirigiu-se à mesa da Câmara para reclamar de Clodovil, mas ficou de tal forma nervosa que teve uma crise de choro e precisou ser conduzida ao Serviço Médico onde, segundo a segurança, "foi medicada com um medicamento forte e, agora, precisa voltar ao seu gabinete", para que não fosse entrevistada.

Para o corregedor da Câmara dos Deputados, Inocêncio de Oliveira (PR/PE), Cida relatou que Hernandez teria dito que ela era "tão feia que não poderia nem ser puta". Pelo relato da deputada, ela encontrou Clodovil e pediu que ele retirasse o que dissera sobre as mulheres.

Ele se negou e teria explicado que, ao dizer que as mulheres de hoje se vulgarizaram e estavam trabalhando deitadas e descansando em pé, teria se referido às "ordinárias mas bonitas e não à deputada, que de tão feia sequer poderia ser ordinária ou puta".

O deputado Inocêncio Oliveira afirmou que vai acolher a representação de Cida Diogo contra Clodovil, mas ouvirá testemunhas e conduzirá o processo regimentalmente. Se o deputado for considerado, disse Oliveira, poderá sofrer as punições previstas. Pelas palmas que se seguiram, não é improvável a cassação de Clodovil, ao final do processo.


Na porta do plenário, Clodovil Hernandez não quis esclarecer, minimizando o ocorrido classificando-o de "briga de vizinhos". Acossado por jornalistas e curiosos, o deputado foi isolado pela segurança da casa e levado de volta ao plenário, onde agora deputados e deputadas discursam contra a suposta agressão.


Nesse momento, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT/SP), que chegou de São Paulo onde foi receber oficialmene o Papa Bento 16, retomou a presidência da sessão de votação do aumento do salário dos deputados.

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