terça-feira, 8 de abril de 2008

Um choque para a humanidade


Perícia relata que Isabella Nardoni foi asfixiada e atirada


Os peritos do IML (Instituto Médico Legal) não têm mais dúvidas: a menina Isabella Nardoni, 5, foi mesmo atirada do apartamento de seu pai, Alexandre Alves Nardoni, 29, na noite de 29 de março. Até ontem, os peritos que analisaram o corpo da criança ainda divergiam sobre ela ter sido arremessada ou deixada no jardim onde seu corpo foi encontrado.

Além de concluir que Isabella foi jogada através de um buraco feito na tela de proteção de um quarto do sexto andar do prédio onde o pai vivia, na zona norte, os peritos também deverão apontar nos laudos sobre o crime que a queda foi determinante para a morte da menina.

Peritos do IML e do IC (Instituto de Criminalística) também confirmaram que, além da queda, a menina foi asfixiada, conforme revelou a Folha de São Paulo, muito provavelmente ainda dentro do apartamento do pai.

Um dos maiores desafios dos peritos do IML em apontar com exatidão a causa predominante da morte da menina é o "lapso de tempo" entre o momento em que ela foi sufocada e a queda no jardim. Tudo foi rápido, segundo os peritos.

Por causa da queda do sexto andar, Isabella apresentou uma fratura na bacia. A outra ruptura de um osso de seu corpo apareceu no pulso direito, mas, ainda na análise dos peritos, esse ferimento foi causado num possível movimento de defesa, quando ela deve ter sido espancada por quem, instantes depois, a jogou pela janela.


Além da bacia e do pulso direito fraturados, Isabella também apresentava luxação no osso hióide (pequeno e único osso, em forma de ferradura, situado na parte anterior do pescoço, na base da língua), a língua estava para fora da boca quando foi achada no jardim, com as unhas roxas e com manchas no pulmão e no coração, todos esses traumas causados provavelmente pela asfixia.

No dia 4, o IML pediu mais 15 dias de prazo para concluir as perícias e entregar os laudos sobre a morte de Isabella. São três os exames ainda não concluídos: 1) radiológico; 2) toxicológico do casal e da menina e 3) anatomopatológica (análise microscópica dos órgãos).

Todos esses laudos serão anexados ao laudo necroscópico que irá determinar oficialmente a causa da morte da menina. De acordo com médicos do IML, dez amostras com sangue ou vestígios de sangue foram entregues para análise no IC. O órgão pretende confrontá-las com o sangue colhido de Isabella e do casal para determinar a quem ele pertence.

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